O mundo de Paper Dungeons: poderes políticos
14.03.2022
Sobre reinos e rainhas
Na última postagem, falamos sobre a Igreja do Profeta, a religião entre anões e elfos e tudo relacionado a fé no mundo de Paper Dungeons. Joje vamos explorar os detalhes das disputas políticas dentro do continente de Ditomea.
Prepare-se para conhecer a história de nobres beligerantes, guerreiros audaciosos e rainhas ambiciosas.
A era dos Mil Reinos
Após a Queda do Império Volsco, uma era de instabilidade se iniciou: cada nobre, chefe militar e senhor de terras clamou o direito sobre homens e territórios. Sem a autoridade do imperador volsconiano, um grande número de reinos foram fundados em um curto período de tempo.
No começo a paz prevaleceu e laços de amizade foram criados entre os novos reis e rainhas.
Essa atmosfera de camaradagem teve vida curta.
Líderes ambiciosos começaram a invadir os reinos vizinhos para aumentar suas fortunas. Lugares pacíficos observavam essa onda beligerante e construíram muralhas, castelos e fortalezas para resistir aos invasores. Cada governante preparava seus exércitos e muitas vezes ataques preventivos eram feitos em nome da autopreservação.
Após dois séculos o continente vivia um estado de guerra de todos contra todos e o medo pairava sob o coração de cada um.
A paz dos seis reinos
Com o passar do tempo, os reinos menores foram absorvidos por seus vizinhos mais poderosos. Após muitas batalhas, seis regiões garantiram seu poder no continente:
- Ostia – o reino mais ocidental de todos, um lugar rico com grandes marinheiros, armadores e conquistadores do mar.
- Vantre – os líderes dessa região se auto proclamaram herdeiros do Império Volsco e de suas tradições.
- Leonia – um reino abençoado por grandes riquezas minerais e lar da autoridade religiosa da Igreja do Profeta.
- Federação de Ventima – um grupo de cidades mercantis liderado por Ventima, a mais cosmopolita cidade do Sul.
- Covil do Dragão – um reino influenciado pelos costumes dos elfos e comandado por magos descendentes dos dragões.
- Terras Quebradas – uma região arruinada e cheia de monstros e pesadelos, lar de bravos e valentes guerreiros liderados por um conselho de anciãos.
Apesar da paz aparente, disputas fronteiriças eram comuns e a guerra poderia irromper a qualquer momento.
Velda d’Leon, a Conquistadora
Aqueles que conheceram a jovem Velda dizem que ela sempre foi uma mulher determinada que desejava conquistar o mundo. Ela amava ler sobre história, geografia e religião, um conjunto de saberes que a ajudou a alcançar seus objetivos. Além disso, muitas vezes a futura rainha desaparecia por semanas para explorar seus domínios disfarçada de viajante.
Quando Velda foi coroada Rainha da Leonia, ela começou a colocar os seus planos em funcionamento. Usando a fé, ela acusou os governantes de Vantre de louvarem os antigos deuses de Volsco. Seu exército cresceu rapidamente com as hordas de soldados fiéis ao Profeta e que foram jogados como uma tempestade sobre as terras de Vantre.
Sentindo-se ameaçado pelo exército de Velda, o Rei de Ostia buscou suporte mágico do Necromante da Torre de Estibra… um tremendo erro estratégico: agora a rainha tinha o pretexto ideal para atacar seu vizinho para “limpar o continente da magia das sombras”.
Em pouco tempo a rainha havia criado uma eficiente e altamente motivada máquina de guerra. Inimigos presos poderiam escolher entre a morte ou serem incorporados ao exército de Sua Alteza. Em geral eles escolhiam a segunda opção.
Um após o outro, os governos humanos do continente acabaram por se submeter as forças de Velda, a Conquistadora.
As sucessoras de Velda d’Leon consolidaram seu legado e tinham um desafio à frente: como manter o reino unido?
A filha de Velda, Elaina, a Misericordiosa, tratou rebeldes e inimigos de forma gentil. Seus inimigos não eram executados e ela acabou sendo considerada uma mulher generosa e amável até pelos seus inimigos. Essa forma de governo funcionou por um tempo, mas a Rainha Elaina foi assassinada em uma emboscada criada por um grupo de nobres que ela havia perdoado tempos antes.
Aldalia d’Leon, a sucessora de Elaina, lembra mais os modos de sua avó: forte, destemida e capaz de tudo para manter o legado de sua família. Ela fez com que os mercadores de Ventima se curvassem à Leonia, impôs condições que limitam o poder dos Anciãos das Terras Quebradas e eliminou a oposição dos piratas do Mar do Norte.
Agora Aldalia precisa enfrentar a Longa Noite e um novo e desconhecido desafio.
Os vizinhos da Leonia
Os anões nativos do continente são naturais das Montanhas Cinzentas, uma cadeia de montanhas rochosas e ricas em minerais que fica no norte do continente. Milhares de anos atrás os anões fundaram um sistema democrático sólido e baseado em representantes eleitos pelos clãs e por guildas de artesãos. A estabilidade da República das Montanhas fez os anões imensamente ricos e poderosos aliados dos humanos que governam as Terras Baixas.
Elfos não possuem um governo formal. Para facilitar os contatos e o comércio, os mestres da magia lunar construíram uma cidade fixa, a bela Mindartis, um local perfeito para aproximar os elfos dos demais povos do continente. Os demais poderes chamam o governo dos elfos de Cidades Livres da Floresta.
Viajantes que foram além da Floresta Alta e do Mar de Areia contam histórias de grandes reinos de jade e marfim, lugares de magia e poder nunca vistos por aqueles de Ditomea. Mas faltam confirmações para os relatos sobre esses lugares distantes.